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  • Foto do escritorDr. Bruno Miranda

Artrose e tratamentos avançados


dor nas articulações da mão , artrose

A medicina intervencionista com técnicas regenerativas promove a melhora da dor e podem prevenir o desgaste precoce das articulações. Saiba mais


O que causa a artrose? A artrose, também conhecida como osteoartrose ou osteoartrite, mais do que uma doença, é um fenômeno natural que qualquer pessoa está suscetível.


Trata-se do desgaste da cartilagem que reveste as nossas articulações. Esse desgaste ocorre conforme o ser humano vai envelhecendo, tal quais as rugas no rosto e as manchas na pele.


A palavra artrose vem do grego artrose, que significa articulação, e do latim ose, que é desgaste.


Porém em algumas situações esse desgaste acontece precocemente ou de forma acelerada, causando dores crônicas e limitação nas tarefas comuns do dia a dia. Porque ela está atingindo pessoas cada vez mais jovens? Estudos demonstram que até 10% da população na faixa etária de 30 à 50 anos, apresenta artrose e deve iniciar um tratamento. “Atualmente já sabe-se que a artrose é o resultado de uma sobrecarga na articulação, associada a fatores genéticos, composição corporal e hábitos alimentares.


O número de pessoas com queixas relacionadas a artrose é cada vez maior no consultório. Quanto antes fizermos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento, melhor será o resultado”, alerta o Dr. Bruno Miranda


“Se por um lado o excesso de carga articular é um vilão, a vida sedentária está também por trás do aparecimento da maioria dos casos da doença.


Um dos fatores que estimulam o desgaste precoce da cartilagem é o estado de inflamação subclínica que pacientes sedentários, obesos ou com hábitos alimentares ruins apresentam” explica o Doutor.

Como saber se estou com artrose? A artrose se desenvolve gradualmente, sendo difícil precisar o momento exato de seu aparecimento. Somente após algum tempo surge o principal sintoma: a dor.


No início, ela vai aparecer apenas na articulação e quando a pessoa se movimenta. Depois, a dor aumentará de intensidade, afetará toda a região e terá a tendência de piorar ao final do dia.


Além da dor, outros sintomas são esperados: limitação dos movimentos, rigidez matinal, inchaço, estalos e rangidos, estes devido ao atrito entre os ossos.


A dor varia de pessoa para pessoa e pode ser de grau moderado ou intenso, até o caso de o paciente ficar totalmente incapacitado.


Por isso consultar um médico especialista ao menor sinal de dores é tão importante. As pessoas muitas vezes costumam não dar atenção a estas pequenas dores, acreditando que são passageiras e normais. Mas dor é um sintoma que requer atenção.

Qual exame pode detectar a artrose? A principal forma de diagnosticar a artrose ainda é o exame médico. Através da história clínica e de manobras específicas do exame físico, é possível chegar a suspeita da artrose.


O principal exame ainda é a radiografia. O exame de raio-x permite a visualização do espaço articular e das superfícies ósseas, que podem ser os principais sinais do desenvolvimento da artrose.


A ressonância magnética é o exame atual que pode observar mais precocemente as alterações da artrose. Este exame pode demonstrar alterações na composição da cartilagem articular e discretas alterações em sua espessura e pequenas lesões.


Um simples exame de sangue poderá ser capaz de detectar osteoartrite dois anos antes de qualquer sintoma da doença se manifestar.


Pesquisadores da Universidade de Liège, na Belgica, e da Universidade de Warwick, no Reino Unido, acreditam que um exame de sangue em teste, pode identificar a artrose de forma ainda mais precoce, mas este exame ainda não está disponível.

Como saber o grau da artrose? Existem diversas classificações para definir os graus da artrose e o diagnóstico é feito pelo histórico, exames físicos e complementado por exames de imagem como a radiografia e a ressonância magnética. Grau 1: Quando você tem uma artrose com pequena diminuição de espaço articular.


Grau 2: Já tem uma diminuição de espaço articular mais importante e formação de pequenos bicos ósseos junto as articulações (osteofitos).


Grau 3: Há redução acentuada do espaço, com osteofitos e esclerose e irregularidade das superfícies ósseas.


Grau 4: Completa redução do espaço articular, grandes osteofitos, significativa esclerose e importantes irregularidade das superfícies ósseas.

Como saber o grau da artrose na coluna? A artrose na coluna cervical pode trazer tantos sintomas desde os mais leves, como tensão muscular, até os mais sérios, como perda de movimento de membros. Sintomas persistentes necessitam de avaliação especializada


Há várias formas de fazer o diagnóstico da artrose da coluna.

Normalmente, a artrose na coluna é diagnosticada através de um exame físico no paciente feito por um médico especialista, associado aos exames de imagem. De um modo geral, quando os sinais e sintomas da artrose na coluna são presentes e não há dúvidas, o exame de raio-X já seria suficiente para confirmar o diagnóstico.


Mas, em caso de dúvidas, também pode ser necessário realizar uma tomografia ou ressonância magnética. Quais são os fatores de risco da artrose?


Assim como em qualquer outro problema de saúde, há alguns fatores que podem tornar a pessoa mais suscetível a desenvolver a artrose.


É sempre bom ficar atento a esses fatores para, se possível com a medicina preventiva, evitá-los. No caso de não poder escapar deles, é bom trabalhar com a medicina intervencionista e tratamentos para controle de dor.


Idade avançada

Este é o principal fator de risco da artrose e, infelizmente, não há como evitá-lo. O envelhecimento é um processo natural pelo qual passa o ser humano.


Por isso hoje com a medicina regenerativa, poderemos chegar aos 50, 60 ou 70 anos com saúde para, assim, poder driblar as adversidades, como uma possível artrose.


Sexo feminino

Este também é um dos fatores principais que não pode ser evitado. A medicina ainda não descobriu a razão, mas a artrose acomete muito mais mulheres do que homens.


Então as mulheres devem ter cuidados e investimentos na medicina preventiva.


Obesidade

Este sim é um fator de risco que você pode evitar. Ao carregar mais peso, é normal que as articulações sofram mais, principalmente os joelhos, os tornozelos e os pés, pois são a sustentação do nosso corpo.


Outra hipótese bastante aceita atualmente é a de que o tecido gorduroso produz substâncias inflamatórias crônicamente, que a longo prazo podem levar a artrose.


Deformidades ósseas e desvios articulares

Alterações congênitas ou após traumas, podem gerar desvios, encurtamentos de membros, mal funcionamento articular, a ponto de sobrecarregar cronicamente uma determinada articulação.

Podemos chamar essas alterações de fator biomecânico.


Sobrecarga

Algumas atividades de trabalho ou esportivas podem sobrecarregar as articulações e acelerar o aparecimento e agravamento da artrose.


Doenças específicas

Se você já possui alguma das doenças a seguir, está no grupo de risco de pessoas que podem vir a desenvolver artrose precoce:

· diabetes;

· gota;

· hipotireoidismo (disfunção na glândula que regula a tireoide);

· Doenças reumáticas


Como curar a artrose sem cirurgia? Talvez não possamos ainda falar em curar a artrose, mas com certeza em tratar a artrose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor, melhorar a mobilidade e retardar ou impedir a progressão do desgaste.


Com o objetivo de desenvolver melhores tratamento para alcançar este objetivo, foi desenvolvida uma área médica, chamada de medicina regenerativa.


Esta área vem evoluindo muito mundialmente e muitos tratamentos já foram aprovados pelos principais órgãos reguladores nos Estado Unidos da América (FDA) e Europa (EMA).

No Brasil estamos caminhando mais lentamente, entretanto terapias e medicamentos já foram aprovados pela agência reguladora brasileira (ANVISA) e pelo Conselho Federal de Medicina (CRM)


As terapias proposta na medicina regenerativa são com uso de produtos biológicos autólogos, ou seja, naturais e retirados do próprio paciente.


Diversas opções já foram desenvolvidas e os resultados têm sido promissores no tratamento de lesões e doenças articulares e, por isso, também são chamadas de “produtos ortobiológicos”.


Uma terapia biológica tem como objetivo promover a regeneração ou a cicatrização de lesões teciduais por meio da ação reparadora destas células.


As células ou produtos biológicos são obtidos com técnicas minimamente invasivas e utilizados nos pacientes por meio de infiltrações locais ou aplicações articulares conforme a necessidade de cada situação.

As terapias biológicas mais comumente utilizadas são:


PRP ou PRF (Plasma Rico em Plaquetas ou Fibrina rica em Plaquetas):

O PRP ou PRF são definidos como um produto derivado do sangue do paciente, onde concentramos as plaquetas, que são os componente que contém os fatores de crescimento, substâncias responsáveis pela cicatrização e reparo das lesões.


Além disso, as substâncias contidas nas plaquetas contribuem com para formação de novos vasos sanguíneos, o que melhora o aporte de oxigênio e nutrientes na região.


Outros fatores que estimulam o metabolismo e a proliferação celular para, assim, ajudar na reparação tecidual.


Então, o objetivo do uso desses produtos é auxiliar no controle da resposta inflamatória e potencializar a reparação e a regeneração dos tecidos lesionados.


A aplicação de PRP ou PRF geralmente é feita sob anestesia local ee pode ser realizada em centro cirúrgico ou ambulatorialmente.


O tipo, o volume e a quantidade de aplicações variam conforme cada caso.

Sua utilização deve seguir a legislação vigente em cada país, visto que há resoluções específicas dos órgãos regulatórios sobre esta modalidade de tratamento. Células-tronco mesenquimais:

As células-tronco mesenquimais são células imaturas que têm a capacidade de se reproduzir e de se diferenciar em outros tipos de células maduras, além de contribuir com a formação de novos vasos sanguíneos e de influenciar diretamente no ambiente tecidual que estão presentes.

O objetivo do uso de células-tronco mesenquimais na medicina é proporcionar uma reparação tecidual com melhor qualidade, maior resistência e durabilidade mais prolongada em relação aos tratamentos convencionais, restaurando os tecidos danificados com características semelhantes ao original. Células-tronco mesenquimais da medula óssea:

A medula óssea possui a função principal de suprir o corpo humano com as células sanguíneas (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) e de servir como reservatório de células-tronco mesenquimais e de outras células progenitoras.


Dentre os ossos com potencial para obtenção de células-tronco mesenquimais, a crista ilíaca (osso da bacia) é o local mais utilizado por apresentar a maior quantidade de células em relação aos outros ossos.


A retirada destas células é feita sob anestesia e com uma pequena incisão no local. Uma agulha própria para punção óssea é introduzida na crista ilíaca e o conteúdo sanguíneo é aspirado

Uma alternativa para melhorar a quantidade destas células seria realizar a centrifugação e a concentração deste aspirado medular, o que é chamado de BMAC. Apesar de alguns estudos mostrarem bons resultados com essa técnica, a legislação vigente ainda limita seu uso no Brasil.


Células-tronco mesenquimais do tecido adiposo (gordura):

O tecido adiposo (gordura) é outra fonte de células-tronco mesenquimais no corpo humano. Este tecido apresenta os adipócitos (células maduras típicas da gordura) e uma população heterogênea de células, incluindo uma certa quantidade de células mesenquimais e progenitoras.


As células-tronco mesequimais derivadas do tecido adiposo são geralmente retiradas da gordura abdominal ou da região lombar (flancos) por meio de aspiração ou sucção com seringas específicas, como uma lipoaspiração.


Então, estas células podem ser utilizadas das seguintes formas: em duas etapas, sendo uma para retirada com multiplicação em laboratório e outra para aplicação no paciente; ou por um processamento único e mais simples realizado no mesmo ato cirúrgico.


O que é mais indicado para aliviar a dor de artrose?


Outra forma de tratar a artrose de forma eficiente, seria pelo procedimento de Infiltração articular com ácido hialurônico (viscossuplementação)


A infiltração articular com ácido hialurônico pode ajudar no tratamento da artrose por diferentes mecanismos:


Efeito viscoelástico:Melhora da lubrificação e viscoelasticidade do líquido sinovial, resultando em ganho de amplitude de movimento articular e maior capacidade de absorção de impacto.


Efeito viscoindutor: O ácido hialurônico exógeno (medicamento) é capaz de interagir com células da membrana sinovial (reveste internamente a articulação) através de receptor chamado CD 44, e estimular a produção do próprio ácido hialurônico, reduzir produção de substâncias catabólicas que destroem a cartilagem (metaloproteases) e citocinas inflamatórias (interleucinas IL1 e TNF-alfa), além de também diminuir concentração de substâncias que geram dor (prostaciclina, óxido nítrico).


Efeito analgésico:Também ocorre por ação direta em receptores de dor. O grande diferencial do ácido hialurônico é o efeito prolongado de alívio da dor.


Através de punção articular com seringa e agulha, após limpeza e antissepsia cuidadosa da pele e anestesia local.


É indolor ou com dor extremamente aceitável. As articulações mais frequentemente abordadas são joelho e quadril.


É realizada em consultório e guiada por imagem. O ácido hialurônico é injetado na cavidade articular, que pode ser procedimento único ou uma sequência de 3 a 5 infiltrações semanais, a depender do tipo do produto utilizado.


Evidências do ácido hialurônico


O ácido hialurônico já é um dos produtos mais utilizados da dermatologia para evitar a flacidez da pele e linhas de expressão, mas não é apenas nessa área da medicina que ele faz sucesso, a ortopedia usa o ácido hialurônico em articulações para o tratamento da artrose.


“A infiltração com ácido hialurônico parece funcionar melhor em pessoas com artrose leve ou moderada e o tratamento pode fazer sentido, especialmente, na tentativa de adiar um procedimento cirúrgico.”, explica Dr. Bruno Miranda


O ácido hialurônico é normalmente produzido pelas células da membrana das articulações. Em doenças cartilaginosas, em especial na artrose (quando a articulação desgasta),a superfície dos ossos se tornam ásperase o espaço entre os ossos se torna menor.


O ácido hialurônico é uma substância gelatinosa cuja função é amortecer e lubrificar a articulação, reduzir a inflamação, aliviar a dor e melhorar a mobilidade.

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