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HERPES-ZÓSTER (NEURALGIA PÓS-HERPÉTICA)

Conhecido por muitos como "cobreiro", o herpes-zóster é uma reativação de infecção viral que se caracteriza por erupções e bolhas na pele, seguidas de coceira e dor intensa. Geralmente, as lesões se manifestam no tronco e no rosto, mas podem acometer qualquer região do corpo. Após o contato com o vírus, o mesmo da catapora, geralmente na infância, ele fica inativo no corpo. A maioria das pessoas não manifestará nenhum problema, porém alguns poderão desenvolver o herpes-zóster.

O vírus latente, poderá ser reativado em um momento de baixa imunidade, por isso o Herpes Zoster acontece mais em idosos, pessoas em uso de medicações que interferem com a imunidade, como corticóides ou quimioterápicos, e em pessoas com doenças crônicas como diabetes, doenças reumatológicas e câncer. O desenvolvimento do Herpes Zoster pode até mesmo estar relacionado a um momento de grande estresse vivido pela pessoa. A estimativa é que no Brasil aproximadamente 10 mil pessoas são internadas por ano em virtude do vírus Varicella Zoster.

Sintomas

De acordo com pesquisa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), cerca de 96% das pessoas acometidas pela doença apresentam dor aguda e debilitante, que acompanha o trajeto do nervo. Elas são acompanhadas de outros sintomas, como surgimento de bolhas e erupções na pele, coceira e formigamento, febre, problemas gastrointestinais.

Dor crônica

A neuralgia pós-herpética é uma complicação caracterizada nos casos em que a dor provocada pelo herpes-zóster persiste por três meses ou mais após o aparecimento das lesões na pele. A dor pode ser descrita como pontada, fisgada ou até mesmo queimação. Seja na dor aguda ou crônica, o incômodo provocado pelo vírus chega a ser debilitante, afetando o estado emocional do paciente e reforçando a importância de tratamento para a melhora da qualidade de vida.

Tratamento

A doença na maioria das vezes é autolimitada, ou seja, irá melhorar sozinha. Os cuidados iniciais são em relação aos sintomas e a prevenção para não evoluir com complicações, como a neuralgia pós-herpética. Medicamentos, como analgésicos e antivirais, devem ser utilizados o mais precocemente possível.

Nos casos crônicos, em que há a evolução para a neuralgia pós-herpética, pode ser necessário o uso de analgésicos mais potentes, como os opióides, associados a medicações adjuvantes para dor neuropártica.

Os procedimentos intervencionistas para controle da dor aparecem como uma importante ferramenta no tratamento da neuralgia pós-herpética. A realização de bloqueios nervosos seriados guiados por ultrassonografia pode ajudar muito no alívio da dor. O uso da toxina botulínica é um método com significativas evidências na melhora da dor. A uso da neuromodulação por radiofrequência tem apresentado excelentes resultados. Alguns casos refratários, onde não há controle adequado com as outras medidas, pode ser necessário o uso de procedimentos mais complexos como as neurólises, implante de cateter peridural ou neuroestimulador medular, por exemplo.

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